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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Dentro do Jalapão!! Ufa, enfim chegamos!!!

Bem amigos – nada a ver com o nosso Galvão Bueno! - uma vez dentro do Jalapão, a primeira sensação que tivemos foi a de que a aventura, ou pelo menos a "adrenalina" da nossa aventura, parecia já ter ficado para trás. Isso por que, dentro do Jalapão, as estradas são muito acessíveis. São largas e de barro socado com cascalho. Em alguns momentos, dá para imprimir velocidades superiores a 70 Km/h, mas nem sempre. Passa-se por pontes e algumas "pinguelas", mas nada comparado ao que havíamos acabado de vivenciar em direção a São Félix. Vejam no vídeo abaixo, que fiz, assim que adentramos o Parque Nacional. Havíamos saído da trilha que vínhamos fazendo e entramos na estrada principal.


Uma prova de que o que fizemos foi, no mínimo, “heróico” é que, quando encontramos com o Germano e o Batata, em São Félix, eles mesmos não acreditaram que havíamos chegado. Já estavam preparados para irem nos buscar, de noite, pois havia 3 dias que eles haviam ido ajudar um outro grupo que não conseguira subir a famosa "serra da Galiléia", quando ainda estava seco; imagina então nosso grupo que havia pego a trilha bastante castigada pelas chuvas? Quando chegamos, o Batata disse para mim, (que estava guiando): "Parabéns você é piloto!! Não é todo mundo que sobe por aí, sem ajuda nossa, não!" Nossa, depois de uma declaração dessas, me enchi de realização e autoconfiança. Bem, aí fizemos aquela celebração.
Pessoal, quem quiser ir para o Jalapão aproveitando de um bom passeio 4x4, não se arrisque! Procure o Germano, através do fone (63) 3576-1099 e o celular (63) 9958-0620. Eles são pessoas maravilhosas e não cobram o absurdo que certas expedições cobram. Se quiserem, marquem com eles em Alto do Parnaíba (para quem vem do Nordeste ou Norte) e ele os esperará na cidade e guiará até São Félix do Tocantins. A dica está dada!!


comemoração regada aum bom Whyskie Escocês


Após a celebração, descanso merecido e, no dia seguinte, iríamos nos preparar para começar  a conhecer as belezas do sonhado Jalapão. Decidimos que o Batata iria nos "guiar" até a proximidade da cidade de Mateiros, pois, a conselho dele mesmo, podíamos fazer a sede da viagem e, de lá, conhecer os principais cantos do Parque. Além dessa dica, ele nos plantou a idéia de que não pecisaríamos ir até a cidade de Ponte Alta do Tocantins para seguir rumo a Bahia (Barreiras), pois já poderíamos sair pertinho da cidade piauiense de Correntes. Mais tarde contaremos como essa dica mudou nossa viagem!

Acordamos cedinho e, depois do café tomado na pousada Capim Dourado (63-3576-1064), onde fomos muito bem recebidos pela Dona Socorro, partimos para conhecer os atrativos locais. A cidadezinha de São Félix é bastante agradável e pacata. Tem uma praça bonita onde, à noite, os moradores vem passear, namorar e conversar no único barzinho que vimos por lá. Na realidade é um ponto de apoio ao turismo mantido pela Prefeitura, que fica logo em frente. Fiz um pequeno vídeo mostrando isso.





Para nossa surpresa, existem muitos locais interessantes nos arredores da Cidade de São Félix do Tocantins. Começamos pela "prainha" deles, que é o local onde brincam e descansam nos finais de semana. Local muito bonito, as margens do Rio do Sono, com estrutura para acampar e, inclusive, com banheiros.

 Logo após conhecer a "prainha do sono", fomos conhecer um dos locais mais importantes do turismo para o povo dessa cidade, na verdade uma atração bastante divulgada no Jalapão, conhecida como "fervedouros". O interessante é que não consta em nenhum guia de turismo este fervedouro próximo de São Félix, que é maior e, na minha modesta opinião, mais bonito mesmo que o de Mateiros. O Local é mantido por uma senhora, moradora, que cobra, como em tudo no Jalapão, R$5,00 por pessoa para entrar.
Vejam na foto abaixo:


Saindo do Fervedouro, fomos apanhar o Batata para conhecer outra maravilha também muito pouco divulgada no Jalapão: a Cachoeira do Prata. Esta fica a uns 15 Km afastada da pista principal entre São Félix do Tocantins e Mateiros, distante uns 18 km depois de S. Félix. Nesse trecho consegue-se avistar animais silvestres típicos do Jalapão, como a Siriema e a Ema. Entretanto, nesses trechos é que estão os maiores perigos para os automóveis. São pedras escondidas na vegetação e que são amoladas feito facas. Passamos por uma delas e foi fatal para o pneu dianteiro da nossa "1113". Mas o Batata estava lá e nos ajudou com sua prática. E, aqui, vai outra dica importante: para enfrentar situações como essas, levem 2 macacos, de preferência um hidráulico, que é pequeno. Usamos um deles para levantar o carro um pouco e o segundo para levantá-lo totalmente. Foi fundamental.


Bem, chegando à cachoeira, ficamos deslumbrados com a beleza do lugar. Aquela água cristalina, o barulho das águas, o calor alto, tudo convidando,  claro, para um bom e refrescante banho de rio e cachoeira! O detalhe é que, na queda principal de água, tem uma gruta, onde se pode entrar e tentar uma visão deslumbrante (o problema é conseguir entrar com a máquina fotográfica). Tomamos um belo banho de rio, antes das quedas e que tem uma correnteza forte, mas nada de perigoso. Água 100% cristalina. É impressionante imaginar que os nossos rios todos, no passado, deveriam ser assim! Como tratamos mal a nossa mãe natureza!






Após termos trocado o pneu, tivemos que voltar a São Félix para consertá-lo, pois não iria me arriscar em mais 80 Km, sem estepe. No caminho para Mateiros, conhecemos a famosa Cachoeira da Formiga. Esse é outro lugar deslumbrante e imperdível. Uma pequena queda de água, que cai numa piscina de águas cristalinas. Impressionante, pois a força da água, não a deixa turva, pelo contrário! Aqui tomamos outro belo banho!

Bem, saindo da Cachoeira da Formiga, fomos finalizar o dia no mais famoso Fervedouro do Jalapão, já bem perto da cidade de Mateiros. Paga-se também a mesma quantia (R$5,00), aliás, acho que é tudo tabelado por lá, (hehehe)...
O local é muito bonito e parece um santuário, localizado que fica entre inúmeras bananeiras. É uma sensação incrível. Você pisa na areia, que parecem as areias de nossas praias no Nordeste, bem branquinhas e, de repente, aparece um buraco, sem fundo! Mas você não afunda! A água lhe mantém na superfície. Foi uma das experiências mais incríveis que já passei na minha vida!! Incrível esse Jalapão!!

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